《葡语国家发展报告(2015~2016)》阐述安哥拉、巴西、佛得角、几内亚比绍、莫桑比克、葡萄牙、东帝汶七个葡语国家2015~2016年的经济社会发展状况及其与中国的经济贸易关系...展开
《葡语国家发展报告(2015~2016)》阐述安哥拉、巴西、佛得角、几内亚比绍、莫桑比克、葡萄牙、东帝汶七个葡语国家2015~2016年的经济社会发展状况及其与中国的经济贸易关系,同时回顾中国-葡语国家经贸合作论坛(澳门)取得的成就,展望其未来发展的前景。本书还涉及葡语国家共同体2015年的发展状况。本书分为五部分:主报告阐述葡语国家经济社会发展;专题报告突出讨论巴西面临的挑战、葡萄牙的能源计划、安哥拉与中国的经贸合作、莫桑比克与中国的产能和农业合作、东帝汶的入盟(东盟)之路、葡语国家共同体,以及葡语国家媒体与葡萄牙语在中国与葡语国家经贸合作中的作用;特别报告专述中国澳门在中国与葡语国家经贸合作中的商贸平台作用;国别报告则分国别回顾葡语国家各自的发展;最后是资料部分。
2015年,世界经济复苏缓慢,发达经济体的经济发展与新兴国家和发展中国家的经济发展形成鲜明对比。一方面美国、欧盟国家经济缓慢增长,另一方面包括金砖国家在内的发展中国家遭遇全球化的挑战。葡语国家分布在亚洲、非洲、拉美和欧洲,必然不同程度地受到冲击。2015年,葡语国家共拥有2.7亿人口,国内生产总值为2.09万亿美元,比2014年的2.73万亿美元减少了6400亿美元,其经济总量占世界经济总量77.3万亿美元的2.7%。葡语国家整体经济状况与2014年相比,国内生产总值同比增长3.32%,处于低速增长状态。佛得角、几内亚比绍和东帝汶处于低速增长期,佛得角2008年从最不发达国家行列中“毕业”,进入中等收入国家的行列,近几年其经济保持了缓慢而稳定地增长。退出国际“三驾马车”救援计划后,葡萄牙虽然危机不断,但是2015年其经济开始复苏,新能源技术得以进一步发展。以石油出口为经济支柱的巴西、安哥拉面临极度困境。安哥拉为应对石油价格大幅下挫,继续寻求资金支持和投资,努力恢复基础设施建设。巴西遇到政治、经济双重危机,罗塞夫总统被弹劾,经济出现-3.8%的负增长,民众渴望走出困境。但是,莫桑比克一枝独秀,在近10年保持了经济中速增长,2015年GDP同比增长率达到7%。本书分析总结了莫桑比克在世界经济如此动荡的局势下,缘何能够稳定发展。莫桑比克与中国的产能、农业合作在双方多种形式的合作中地位凸显,合作双赢得以充分体现。
中国-葡语国家经贸合作论坛(澳门)于2016年10月举办了第五届部长级会议,讨论、制定未来三年(2017~2019年)的发展规划,促进论坛巩固成果、深入发展、拓展领域、提高水平。此次会议是一届承前启后的重要部长级会议。论坛已经形成多边对话和务实合作的机制。在中国与葡语国家的经贸合作中,澳门特区通过提供高水平的综合性服务发挥着不可替代的重要作用。支持澳门特区加快建设中国-葡语国家经贸合作商贸服务平台被列入国家“十二五”和“十三五”规划中,这既对澳门特区的功能和作用做出充分肯定,又向澳门特区提出了光荣的历史使命。葡萄牙语在中国与葡语国家的合作中作为纽带,既联系葡语国家,又联系澳门特区,并将这种联系延展至中国内地。此论坛是世界上唯一以语言为联系的合作机制与平台。“葡语热”在中国内地逐步形成,已经有20多所大学设立葡语系、葡语专业,以满足中国与葡语国家日益发展的友好合作需求。中国内地和澳门特区的葡语教学培养了大批葡语人才并不断向政府、企业输送毕业生。葡语国家已经有17所孔子学院、孔子学堂,它们成为培养葡语人才、汉葡双语人才的重要力量。对于葡语国家,新闻传播的作用显得日益重要,人民网、新华社专设了葡语版,《今日中国》葡语版也恢复出版,这些媒体向中国与葡语国家的政府、企业和学术机构传播了大量的积极信息。葡语国家共同体自1996年成立后,致力于葡语国家之间的交流与合作,举办了11届首脑会议,开展了一系列活动。
此报告的学术价值体现在四个层面。一是政府层面。中国政府主管部门、澳门特区主管部门和相关部门可以此书的观点、数据、资料作为重要参考,提出中国对于葡语国家的总体政策。二是企业层面。中国企业(包括澳门企业)与葡语国家企业可从此书了解葡语国家的经济社会宏观发展情况,以便制定或调整企业自身的发展战略。三是学术层面。此书为中国(包括澳门特区)与葡语国家众多研究机构、专家、学者提供的可以相互比较的学术资料和专家观点,有助于其进一步深入研究、探讨相关问题,可为中国与葡语国家的友好合作奠定理论基础。四是关联系统。葡语国家跨越的区域广阔,人口众多,历史悠久。中国与葡语国家经贸关系日益密切,涉及贸易、投资、金融、基础设施、人力资源、语言文化等领域,同时关联政府若干部门、数百家企业,对其的研究具有较高的学术价值。
O Relatório de Desenvolvimento dos Países de Língua Portuguesa (2015-2016)aborda a situação económico-social de sete países lusófonos,incluindo Angola,o Brasil,Cabo Verde,a Guiné-Bissau,Moçambique,Portugal e Timor-Leste,no qual são apresentadas as relações económico-comerciais com a China,conjuntamente com os resultados positivos conseguidos pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau),perspetivando então o seu futuro. O livro,divido em cinco capítulos,também se aborda a situação de desenvolvimento da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)em 2015. O relatório principal revela geralmente o desenvolvimento económico-social do mundo lusófono,enquanto os relatórios temáticos destacam,respetivamente,os desafios encarados pelo Brasil,o plano de energia de Portugal,a cooperação económico-comercial Angola-China,a colaboração nos âmbitos de capacidade de produção e de agricultura entre Moçambique e a China,o processo da adesão de Timor-Leste à Associação das Nações Sudestes Asiáticas (ASEAN),a CPLP,entretanto,o desempenho dos meios de comunicação social dos países de língua portuguesa e da divulgação da língua de Camões na cooperação China-Lusofonia. Os relatórios especiais demonstram a função de plataforma exercida por Macau na cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa e os relatórios por país apresentam a situação de desenvolvimento económico-social e o relacionamento com a China,de cada país de língua portuguesa. Por fim,no último capítulo,abordam-se os dados e as informações de teor históricos.
Em 2015,observa-se uma lenta recuperação da economia mundial e um enorme contraste,no aspeto de crescimento económico,entre as economias desenvolvidas e as economias emergentes,conjuntamente com os países em vias de desenvolvimento. Por um lado,as grandes potências,como os EUA e a UE,experienciam um abrandamento económico,por outro lado,face à globalização,existem cada vez mais dificuldades aos países de desenvolvimento,incluídos os do BRICS. Nesta ocasião,sem dúvida,os países de língua portuguesa,espalhados em quase todo o canto do mundo,recebem influências negativas de nível diverso. Em 2015,no mundo lusófono,regista-se uma população de 270 milhões e o PIB é o 2,09 trilhões de dólares americanos,ocupando uma percentagem de 2,7 na economia mundial,mas uma redução de 640 mil milhões em comparação com o mesmo dado de 2014. O crescimento económico geral da lusofonia foi moderado em 2015,com um crescimento de 3,32%. Cabo Verde,a Guiné-Bissau e Timor-Leste,todos ficam numa fase de crescimento moderado. Cabo Verde,após a sua saída da classificação de país mais pobre em 2008,começou a entrar na classificação de país com rendimento médio e nos últimos seis anos,o país tem-se desenvolvido moderada mas instavelmente. No que diz respeito a Portugal,depois da sua. saída do resgaste internacional,embora ainda tenha existido crise económica,recuperou-se gradualmente a economia desde 2015,entretanto,a sua tecnologia energética de novas fontes avançou-se imenso. Falando do Brasil e de Angola,países com pilar económico na exportação de petróleo,encontram-se numa. grande dificuldade. Enfrentando a descida considerável do preço de petróleo,Angola continua a procurar apoios financeiros e investimentos externos e dedica-se à construção de infraestrutura do país,enquanto o Brasil fica na crise dupla (política e económica):impeachment da presidente Dilma Rousseff,crescimento de 3,8% negativo e neste caso,o seu povo deseja que saia deste dilema. No caso de Moçambique,destaca-se o seu excelente desempenho nos últimos dez anos,em que mantém o crescimento económico modesto e o crescimento homólogo do PIB de 2015 atingiu 7%. Neste livro,foram resumidos e analisados os elementos que ajudam Moçambique a desenvolver-se de forma instável numa circunstância global com tantas incertezas. A cooperação de capacidade de produção e a cooperação agrícola entre Moçambique e a China estão a desempenhar papéis mais relevantes em diversas colaborações mútuas,em que se justifica completamente a cooperação ganha-ganha.
Realizou-se em outubro de 2016,a quinta edição da Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau),em que foi negociada a planificação de desenvolvimento nos próximos três anos (2017-2019),promovendo a consolidação dos resultados já conquistados pelo Fórum,aprofundando mais o seu desenvolvimento,ampliando as suas funções para mais esferas e aumentando o seu nível. Nessa quinta edição,considerada uma conferência muito importante ligando a sua anterior e a próxima,formaram-se o mecanismo de diálogo multilateral e o mecanismo de cooperação pragmática. Dentro da cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa,a RAEM exerce funções insubstituíveis ao fornecer serviços complexos de alta qualidade,por isso,a inserção no décimo segundo e décimo terceiro Plano Quinquenal do governo chinês,da proposta de construção de Macau como plataforma de serviços económicos e comerciais China-Lusofonia,não só uma avaliação positiva sobre o desempenho de Macau,como também uma tarefa histórica levantada a Macau. A Língua Portuguesa,elo de ligação na cooperação China-Lusofonia,relaciona os países de fala portuguesa e Macau e encontra-se na China continental,em que a procura daquela língua está cada vez maior para satisfazer as necessidades rapidamente aumentadas baseando na cooperação amistosa entre a China e os países de língua portuguesa. Neste momento,há mais de vinte instituições chinesas de ensino superior criam o departamento de português oferecendo o curso de licenciatura,e o ensino de português,quer na China continental,quer em Macau,produz graduados qualificados ao governo e às empresas. Falando dos países de língua portuguesa,os dezassete institutos Confúcio já estabelecidos formam e proporcionam talentos bilingues. O Diário do Povo online e a Agência Noticiosa Xinhua online,ambos abrem a sua edição portuguesa e a edição portuguesa da revista China Hoje começou a ser republicada. Tudo isso transmite ricas mensagens positivas aos governos,empresas e entidades académicas dos países de língua portuguesa,assumindo significativamente a sua função como comunicação social. Após a sua fundação em 1996,a CPLP tem-se dedicado à colaboração e ao intercâmbio entre os países de língua portuguesa,concretizando-se onze cúpulas e uma série de iniciativas.
Encontra-se o valor académico deste relatório nos seguintes aspetos. Primeiro,as administrações do governo chinês e do governo de Macau,conjuntamente com outras entidades competentes,podem tirar ideias,dados e referências do livro para ajudar a implantar políticas dirigidas aos países de língua portuguesa. Segundo,aspeto empresarial,as empresas chinesas e lusófonas,incluindo as de Macau,através do livro,podem conhecer a situação macroeconómica e social dos países de língua portuguesa,com o fim de planificar ou ajustar as estratégias próprias. Terceiro,aspeto académico,o relatório oferece estudos,ideias e referências aos institutos de investigação e aos especialistas e investigadores na China,nos países lusófonos e na RAEM. Por último,o livro coordena um sistema de ligação,em que combina umas entidades governamentais e centenas de empresas,considerando a vasta dimensão geográfica dos países de língua portuguesa,a sua grande população,a sua longa história,a intimidade económico-comercial com a China e vários fatores relevantes,tais como comércio,investimento,finanças,infraestrutura,recurso humano,língua e cultura. Resumindo,o livro possui certo valor académico.
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